Esta coluna trata não só dos aspectos negativos dos riscos (perdas, ameaças ao sucesso), mas também de seus aspectos positivos (ganhos, oportunidades de benefícios).

 

 A Gestão de Riscos no Século XXI 

Edição 01/2003

                                                                                                               

Terminologia internacional conforme ISO Guide 73

Risco
(risk)
combinação da probabilidade de um evento e de suas conseqüências.

Nota 1 - Geralmente o termo "risco" é utilizado somente quando há, pelo menos, a possibilidade de conseqüências negativas.
Nota 2
- Em alguns casos, o risco decorre da possibilidade de desvio em relação ao evento ou resultado esperado.
Nota 3
- Vide ISO Guide 51 para informações sobre questões relacionadas à segurança.

Conseqüência (consequence)
resultado de um evento.

Nota 1 - Pode haver mais de uma conseqüência de um evento.
Nota 2
- As conseqüências podem variar de positivas a negativas. Contudo, as conseqüências são sempre negativas no que se refere aos aspectos de segurança.
Nota 3
- As conseqüências podem ser expressas qualitativa ou quantitativamente.

A volta dos que não foram 

Pois é, amigos. Quando o QSP anunciou que iria retomar as atividades sobre Gestão de Riscos e que eu iria coordenar a coluna Risk Management, recebi diversos e-mails enaltecendo a iniciativa e me desejando sucesso nesse "retorno à área". 

Ocorre, entretanto, que tanto eu como, certamente, cada um de vocês nunca deixamos de praticar, consciente ou inconscientemente, a Gestão de Riscos nas nossas vidas e nas empresas em que atuamos...

Por exemplo,os Sistemas Integrados de Gestão (SIGs), muito difundidos pelo QSP e implantados em inúmeras organizações, nada mais são do que uma parte substancial da estratégia -declarada ou não- de Gestão de Riscos de uma empresa...

É, portanto, das várias aplicações e da grande abrangência da GR que pretendo tratar nesta coluna.

Sejam todos bem-vindos!

Mesma linguagem

A Gestão de Riscos é uma disciplina em constante evolução. Várias tentativas têm sido feitas para dar uma certa "padronização" ao tema, para que os stakeholders (ou "partes envolvidas") e os diversos públicos e setores que adotam a GR possam ter um entendimento comum e falar a mesma língua, quando se trata de administrar os riscos empresariais (e eu acrescentaria - por que não, com as devidas adaptações - os riscos pessoais e familiares!).

Começando pela norma australiana e neozelandesa AS/NZS 4360, publicada em 1995 e revisada em 1999 (veja o manual que o QSP está lançando em português sobre esse padrão pioneiro), seguida por normas sobre Gestão de Riscos do Canadá (em 1997), da Grã-Bretanha (em 2000) e do Japão (em 2001), chega-se ao ISO/IEC Guide 73, Risk Management - Vocabulary - Guidelines for use in standards, publicado em 2002 pela International Organization for Standardization (ISO) e pela International Electrotechnical Commission (IEC), ambas com sede em Genebra, na Suiça.

O ISO Guide 73, como eu o chamarei nesta coluna para fins de simplificação, define 29 termos da Gestão de Riscos, os quais foram agrupados nas seguintes categorias: a) Termos básicos; b) Termos relacionados a pessoas ou organizações afetadas por riscos; c) Termos relacionados à avaliação de riscos; d) Termos relacionados ao tratamento e controle de riscos.

As definições não foram elaboradas para cada área de aplicação da GR. Cada definição procura ser genérica e a mais ampla possível. O conteúdo do guia é muito mais que um simples "vocabulário", pois permite aos usuários terem uma boa idéia do que é a Gestão de Riscos.

Os membros do grupo de trabalho que elaborou o ISO Guide 73 esperam que, com esse guia, profissionais e especialistas das mais diversas áreas (finanças, segurança, saúde, meio ambiente etc) consigam agora se entender e falar, finalmente, a mesma linguagem...

Os primeiros termos que separei estão aí ao lado. Em cada edição da coluna, pretendo apresentar 2 ou 3 deles.

O processo de Gestão de Riscos

A norma AS/NZS 4360, a primeira do mundo sobre Sistemas de Gestão de Riscos Empresariais, propõe um processo estruturado para o gerenciamento dos mais diversos tipos de riscos, entre os quais destaco: os relacionados à segurança, ao meio ambiente e à qualidade de produtos e serviços; os riscos financeiros e os riscos relacionados a seguros e a políticas públicas.

Veja aqui o processo de GR proposto pela referida norma.

Riscos e probabilidades 

Escrevi sobre esse assunto em 1985. Nele, abordo a distinção entre probabilidade subjetiva (likelihood) e probabilidade objetiva (probability).

Para acessar um resumo do texto, clique aqui.

Para os que lêem em inglês

Recomendo o seguinte artigo de H. Felix Kloman:
Enterprise Risk Management: Past, Present and Future
.


Conheça aqui um pouco da minha história e da minha carreira.

Sabedoria & Humor

Lei de Murphy 

Se algo pode falhar, falhará.

Corolários
Nada é tão fácil como parece ser.
Se existe a possibilidade de que várias coisas saiam erradas, sairá errada aquela que causa o maior dano.
Se as coisas são deixadas ao acaso, a tendência é irem de mal a pior.
Cada solução gera novos problemas. 

A História do Risco

Passagens do livro "Desafio aos Deuses - A Fascinante História do Risco". Leia este trecho:

Fácil como I, II, III.

Lançamentos do QSP

Manuais

GESTÃO DE RISCOS
AS/NZS 4360:  a primeira norma de âmbito mundial sobre Sistemas de Gestão de Riscos.

TECNOLOGIAS CONSAGRADAS DE GESTÃO DE RISCOS
Reprint da coletânea "Técnicas Modernas de Gerência de Riscos“ e do livro "Introdução à Engenharia de Segurança de Sistemas".

Veja aqui...

Leia as demais edições, de 2003 e 2004, da coluna Risk Management: